quarta-feira, 9 de maio de 2012

A Publicidade para crianças



Por: Henrique B. Scarelli
É! Está claro que as crianças de hoje estão precoce. Não é de se espantar, pelo fato de sabermos que elas estão cada vez mais consumistas. Calçados, bolsas, celulares da moda viraram prioridade na infância e as velhas brincadeiras estão sendo deixadas de lado. A criança brasileira é a que mais assiste televisão no MUNDO e, segundo a Associação Dietética Norte Americana Borzekowiski Robison (ufa), bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança. Rá. Aí entra nós, publicitários, que não somos bobos, e dominamos uma poderosa ferramenta que vai além de proporcionar a alegria da compra. Proporcionamos a alegria da inscrição do consumidor em determinado grupo por consumir determinado produto. Mas, vem cá. Bombardear informações que chamamos de conteúdo para um público imaturo e incapaz de discernir o que lhes é importante consumir, alimentando uma falsa necessidade criada pela mídia não seria anti-ético? Bom, na minha opinião. Sim! Não há uma lei (Brasil, né?), mas o Conar (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária), organização não-governamental, tem uma resolução que fala sobre o cuidado com a criança no momento de se fazer uma propaganda voltada para esse público que diz o seguinte:
 “b. respeitar-se-á especialmente a ingenuidade e a credulidade, a inexperiência e o sentimento de lealdade dos menores;
c. não se ofenderá moralmente o menor;d. não se admitirá que o anúncio torne implícita uma inferioridade do menor, caso este não consuma o produto oferecido;
e. não se permitirá que a influência do menor, estimulada pelo anúncio, leve-o a constranger seus responsáveis ou importunar terceiros ou o arraste a uma posição socialmente condenável;” 
No entanto, será que está sendo cumprida? É bem verdade que o Conar peca nesse assunto. Então precisamos de leis. Leis como da Suécia que proibe a veiculação desse tipo de propaganda antes das 21hs. Ou dos Estados Unidos que tem um limite de 12 minutos por hora durante a semana.
Enfim. Pra vender, precisamos fazer qualquer coisa? Será que só assim conseguimos fortalecer uma marca? Ou há outras técnicas de obter sucesso com uma publicidade mais responsável?

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